Sentido

Poeta sozinho no escuro,

com crânios de estimação

ao lado, às folhas do mundo

na perícia de um escrivão.

À procura de um fascínio.

Aquele que dá vasão a tudo,

acusado por morticínio,

limpa a alma do sujo

agir dos homens, mas

na contramão do fugir,

concomitante, ele apraz;

a ínfima fagulha do existir.

Confunde amor e ódio,

regurgita o instinto de viver

enquanto afirma o ópio:

feito seu poema: renascer.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 20/09/2021
Código do texto: T7346790
Classificação de conteúdo: seguro