LIMITE INTERNALIZADO LITERÁRIO

Estava frio

em demasia

para que eu

pudesse escrever,

tanto quanto,

costumo gostar

de transpor-me

em palavras breves,

tão breves quanto

essa brincadeira

chamada

VIDA.

Pobres dedos,

não conseguiram

resistir

aos frenéticos

impulsos cerebrais

tão inquietos

irrestritos

ao que chamamos

imensamente

de dor.

Foi direto

ao papel,

rumo destemido

à fúria intempestiva,

avulsa

ao cosmos

imersivo

na pequena

dose

de coragem.

Era destino

voraz

decerto amparado

pelas luzes

transcendentais

do pensamento

a vaguear

pelas trincheiras

marcações cerebrais

dos olhos.

Olha-se o mundo

enxergando

o que nem mesmo

nossos olhos

conseguiram

compenetrar ao

gosto fantasiado

das lamúrias internalizadas

chamadas copiosamente

de desejos.

E a dor, então,

tende a permanecer,

pois não se dissipa

nem por milésimos

de segundos,

o fantasmagórico

vestígio doentio

impregnado nos pulsos

por sustentarem

tamanhas necessidades

de escrever.

É vício

despudorado

que esquenta

o corpo,

enquanto ferve

os miolos cansados

e, por conseguinte,

restaura a vontade

ilícita de disseminar

meus pensamentos.

O que é?

Custo a saber.

SEGREDO.

Hivton Almeida
Enviado por Hivton Almeida em 18/07/2021
Código do texto: T7301744
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.