Quando tomo da caneta

Quando tomo da caneta

a mente entra em frenesi;

o verbete que esqueci,

o poema na gaveta,

juntam-se todos no papel

e como numa ciranda

dão-se as mãos em luz branda

e iluminam o túnel

do tempo ainda esquecido;

relembram histórias guardadas

e até os contos de fadas

da fase de "eu-menino"

como encantou Bandeira

em busca de lugar melhor.

O meu anelo maior

é seguir por esta esteira

espalhando versos como rosa

sem espinhos e delicada

e em cada palavra forjada

haverá um tanto de prosa,

fruto de mente agitada,

espelho de estranhos dias

com imagens fugidias

nesta curta caminhada.

©Bispoeta