APARÊNCIA
Este poema não exige
que seja entendido.
Tem origem no laboratório
em que foi criado,
metade metáfora,
metade oxidado.
É, no seu todo, aparência,
a busca genética, irreal,
pai e mãe da ciência
que se oculta em suas vértebras,
oco dicionário,
réplica.
Veio por vir,
vai porque tem que ir,
nenhuma crença o habita,
a não ser que, na palafita
foi criado o seu devir.