Ponte Lunar
do futuro o passado chama
ei volta aqui que tenho pressa
deixa o carro lunar
passear pelo charco civilizatório
o retrovisor denuncia espólios
amontoados em dubai
vejo cinzas novaiorquinas
sob o martelo e a foice
da gastança
vi cédulas empoeiradas
nos quintais sul-americanos
depondo a lei
esfomeando a plebe
levando arlequins
ás avenidas dos aspones
(meio termo
assino o divórcio
entre mim e a temperança)
bicho combalido
dou asas ao instinto
extingo os versos
de amor que fiz