VERSOS QUE FLUEM ROUCOS
Flor até deflores cordas que toco.
Corda até recordes flores que soco.
Toco a flor, recordo florires.
Toco as cordas, refloresto rires.
Tenho irmão meio porquinho-da-índia...
Antes mais sensível a ternurinhas,
Hoje pai consegue ser amor até nas fímbrias,
pois no centro há o irmão que o acarinha.
E assim, meio Bandeira, meio barroco,
Sinto que meus poemas fluem roucos.
Há desgaste de voz e nesta velha noz
Saltam joões dos pulos n'águas de foz.