ESPAÇO-TEMPO
Fico parado, preso no branco vazio
no silêncio da janela, o imenso do céu
falo comigo indagações sem respostas
no continuo ponto retilíneo estelar
caos orgânico atemporal
disforme a luz que paira do céu
que vive, que morre ou que nasce?
se foi hoje, ontem ou depois?
em larga escala de tempo
em ondas gravitacionais
paira o espectro no ar,
sinto o homônimo do verbo
tecle reiniciar
respire o ar que respiro
seja a pessoa que sou
o opressor ou o oprimido?
nada é válido lá fora!!
todos perdidos num espaço vazio
anos luz do seu doce lar.