Mais Uma Dose?
“...Mais uma dose, para provocar a horda e reverter a ordem.
Mais uma provocação, que vai na contramão dos que exaltam as Sub 45 INA, que querem viajar com cloroquina e se deparam com cadáveres em suas viagens.
Mais um brinde caro, de desprezo aos que tem “baratos” sentimentos, aos desatentos, virulentos, violentos e insensatos.
Um brinde aos chatos, carrapatos, “sem culpas”, que faço eu, ponto fora da curva que pousa de mosca da sopa, que não passa pano e nem estopa.
Que comemora a sensibilidade dos que com verdade, encaram este novo momento, não como um lapso no tempo, mas como tempo de aprender.
Aprender a ter o que não ter, a valorizar as ausências, de abraços, contatos, beijos e de entes amados que aqui não estão mais presentes.
Duas garrafas, dois instantes de um atual momento.
Entre a lucidez do ver de fato e o embriagar-se do obscurantismo atual.
Na espera quem sabe de um Carnaval, com direito a cinzas na testa, numa quarta-feira de um ano qualquer...”
(“Mais Uma Dose?”, by Carlos Ventura)