Andarilhos
Quando se diferencia o amor como amor, então existe o desamor.
Quando se diferencia o desafeto como desafeto, então existe o afeto.
Opostos inextricáveis: bandas que delimitam perspectivas decisões e ações.
Tal estrada asfaltada de mão dupla cuja faixa lateral é limiar dos opostos.
Sem acostamento para segurança, só abismos que sugam e destroem.
Exceder quaisquer opostos leva a ações perversas: irracionalidade fatal.
Quando se diferencia a evolução como evolução, então existe involução.
Ciclos sempre: toda estrada tal "looping", vem, vai, percorre e chega a si mesma.
Todas estradas são perspectivas sobre a quididade e sempre se cruzam
Quididade é a teosfera cujo trevo âmago, é a noosfera, é o pensar, é o sentir.
O amor sempre pareia e se cruza com o afeto, com o prazer, com o carinho...
O desamor sempre pareia e cruza com o desafeto, com o penar, com o sofrer...
Quando se dissocia amor como amor, então existe o desafeto a posse o ciúme.
Quando se dissocia o afeto como afeto, então existe subserviência, desamor.
Egos irreparáveis: rumos que alimentam perspectivas fúnebres de decepções.
Tal estrada esburacada de mão única de amurada lateral, que cega, corrói, fere.
Sem contentamento para felicidade, só rusgas e vã animosidade que dói.
Exercer néscias e apequenadas percepções - falso dois - que nunca serão Um.