"Vírus real"
Roma, 05/03/2020
Não há vírus maior
Se não o do egoísmo
Que vaga sem destino
Matando em todo lugar
Não há pior doença
Se não a descrença
Profunda e ingênua
De que tudo está
Em seu devido lugar
Somos nós
Os verdadeiros vírus
Micro organismos
Que distantes do Macro
Esquecemos
Ou não sabemos
O que é Amar
Almas distintas
Ainda adormecidas
Esquecidas
De que são ungidas
Unidas
Restam iludidas
Amedrontadas e perdidas
Que se levantam
Enfrentam os dias
Mas esquecem de acordar
E a cura
Deste mal que angustia
Espalha indiferença
Intolerância
Distâncias
Tanta covardia
Está em cada despertar
Despertar profundo
Despertar...
O verdadeiro núcleo
Filhos do Todo
Eternos
Engrenagens de tudo
Nem um vírus
Nem nada
Pode nos exterminar
Cuide de si mesmo
Não alimente seus medos
Nem os que tentam te passar
Conscientes do que Somos
De Onde viemos
Para Onde vamos
Nada
Nem ninguém
Pode nos perturbar
O alerta
É sempre válido
Sejamos gratos
Cuidemos de nosso templo
Temporário
Ele é necessário
Para o que viemos receber
E entregar
Tudo é passageiro
Impermanente
Alegrias
Tristezas
Doentes emoções
Doenças
Dores e medos
Mas as virtudes
O carácter
Na Luz forjado
Ética
Esperança
E a verdadeira nobreza
Essas para o Sempre
Vão voltar
E perdurar
E qualquer vírus
Que esteja
Dentro ou fora
Das veias
O Amor
Onipotente
Onisciente
Onipresente
Vem sempre à curar
E o que parece destruir
Vem sempre transformar.