Resumo
Minha poesia mora na incerteza.
Casa simplória, sem fundamentos.
Não tem rima, estrofe ou verso.
É trem sem trilhos.
Trovoada.
É o som da chuva nos dias quentes.
Minha poesia mora na saudade.
Humilde bairro periférico.
Não tem estrutura, saneamento.
É chão de barro.
Escultura.
Calor do sol em dias de inverno.
Minha poesia mora no infinito.
Estrela cadente em céu sem nuvens.
Não tem cultura, de poucos verbos.
É inversão.
Ruptura.
É brisa calma em tom reverso.