DEDICADO A PABLO CROCODILO

Poema dedicado a

(1) Pablo Crocodilo, personagem imortal de:

“Histórias de Ventania”, de Eliane Accioly

(2) Liria Lula da Silva Porto,

Poeta internacional e atemporal

nascida em Araguari,

Triângulo Mineiro

Porque a vida

é vagabunda

tenho a sina

de errar

Sua sina,

a de ficar

a minha,

a de dar notícias

Por caminhos

ando eu:

em partituras me encontro

e naquelas da pintura,

em cada tela única

apesar de ser plural,

sou transtornada

e perdida

Dinheiro tenho não:

pratico o escambo

economia da vida,

aprendida com

um tal do homem negro

inventado por um tal de homem branco...

Ai ai, este daí

esse que se acha um grande

mora num tal de círculo

perverso

que de yin e yang

não tem de nada

Adoeço e quase morro

de um ponto aglutinado

Sofro d´arte de sonhar

e da espreita, a arte:

monto peças

teatros circos e bordéis

bandas cordéis e jograis

tudo muito singular

apesar de misturado,

cada cena um sonho,

cada sonho um ideograma

cada ideograma um poema

Paratibum bum bum bum bum

Paratibum bum bum bum bum

Paratibum bum bum bum bum

Paratibum bum bum bum bum

Abençoado quem envelhece

sendo apontado e cantado:

olha o pai do Fulano!!!

Quem?

O pai do poeta

vem ver

Quem?

Olha o pai do escritor

Quem?

O pai do dançarino, olha

Quem?

Olha o pai do equilibrista

Quem?

Aquele ali,

Quem?

Corre, anda vem ver

Anda, corre, vem ver

vem ver

A banda passar!!!

Cadê Jeová

Cadê Jeová

Saiu dizendo

Vou ali

e volto já...

E não voltou por que

por que será???

Cadê Jeová

Cadê Jeová