MEU ISTO E AQUILO
Gosto de delírios.
Neles há flores,
Neles há um dê ...
Sou o assim assírio,
Nele há Oriente
E o delírio de ser ás.
Atraem-me os conúbios
Porque nubilosos
Há neles pão e ponto.com.
Adoro os eflúvios,
Posto que à junção e
Seguem-se os rios.
Trago na linguagem
Beijos e falas,
Genes de comunicação.
NOTA: Esse poema é meu beijinho-de -frade que deposito no túmulo de Cecília Meireles, sobre o meu gostaria deste lírio dela:
OU ISTO OU AQUILO
Ou se tem chuva e não se tem Sol,
Ou se tem Sol e não se tem chuva !
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
Ou se põe o anel e não se calça a luva !
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
Estar ao mesmo tempo nos dois lugares !
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo ou isto ou aquilo
E vivo escolhendo o dia inteiro !
Não sei se brinco, não sei se estudo,
Se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
Qual é melhor:
Se é isto ou aquilo.