Poesia, óh minha poesia
Poesia, óh minha poesia
Suas vertentes, rio de curvas sinuosas
De águas profundas
De leito às vezes lúgubre noutroras vivaz
Poesia minha, Senhora de mim
Que me tira pra dançar
Nos grandes salões dionísicos
Ou nos jardins do Éden
Quero acordar contigo
Sob o lençol
Te ver entrando pela janela
Escondendo por detrás da cortina
Dá-me do que viver poesia minha
Água
Comida
Sentido
Algo pra vestir e respirar
Algo para morrer, cicuta
Óh minha querida poesia que me mata todos os dias
E que me faz nascer de novo pela manhã