Poesia, óh minha poesia

Poesia, óh minha poesia

Suas vertentes, rio de curvas sinuosas

De águas profundas

De leito às vezes lúgubre noutroras vivaz

Poesia minha, Senhora de mim

Que me tira pra dançar

Nos grandes salões dionísicos

Ou nos jardins do Éden

Quero acordar contigo

Sob o lençol

Te ver entrando pela janela

Escondendo por detrás da cortina

Dá-me do que viver poesia minha

Água

Comida

Sentido

Algo pra vestir e respirar

Algo para morrer, cicuta

Óh minha querida poesia que me mata todos os dias

E que me faz nascer de novo pela manhã

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 07/12/2019
Código do texto: T6813392
Classificação de conteúdo: seguro