Sopros

A voz que fala ao poeta,

irrompe e parece gritar;

Ela nasce de um simples lampejo,

e alumia feito o luar.

Goteja então pouco a pouco,

derramando as palavras no ar,

rompendo assim o silêncio,

e deixando a emoção aflorar.

Essa voz dissipa o nada

e suprime o não existir,

alforria os sentidos velados

e as ideias que carecem espargir.

Doce voz, que chega e arrebata,

que ecoa e não permite fugir,

deixa a porta da alma entreaberta

para que o sonho possa fluir.

Rosiane Maria
Enviado por Rosiane Maria em 13/10/2019
Reeditado em 17/07/2021
Código do texto: T6768555
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