PESADELO
O sol partiu, ainda era bem cedo
Madrugada escura, fria e sem lua
No céu estrelas escondidas de medo
Sem vida, sem passos...
Passando nas ruas!
Perdura o breu, aumenta o frio e o temor
Carros abandonados, atirados ao léu
O clima é de penúria, de tristeza, de dor
Sem zunir, sem luzir...
Uma só, faísca no céu!
O amanhã vem surgindo, translucido e triste
Espera pelo sol, que não vai aparecer
Chama o calor, várias vezes, extenuado, insiste
Sem respostas, sem esperanças...
De ver, o dia seguinte nascer!
Não há nuvens no espaço, nem pássaros, nem aviões
Nem o infinito é mais azul, parecendo seu fim
As flores se fecham, murcham, se recolhem em botões
Sem beija-flores, sem abelhas...
Pesadelo ruim!
Como milagre ou magia o sol desponta no céu
Traz consigo a lua e as estrelas, a destruir todo breu
Nuvens em algodão derramam chuvas clareando o véu
Voltam flores, ...pássaros e a vida abençoada
Se renova,confirmando o maior presente de Deus!