1983
A ordem. O partido. Onipresença. Unidade muda.
A vida. Os partidos. Presenças e ausências. Diferenças que gritam.
Onde há vida, há perturbação da ordem. Vozes. Pessoas.
Pela ordem: garotos à morte; armas a quem luta - (s)e enforca. Pela vida: as pedras arremessadas e paredes pichadas; o sangue na sarjeta que ninguém vê, ainda que veja.
Em nome de quê(em)?
Vamos falar disso.
Vamos conversar. Como quem conspira.
Vamos ver a trama, como quem malina.
Vamos à igreja fazer confissões aos mentirosos do altar e ouvir os sussuros dos que resistem nos porões.
Vamos despir os que tramam, enquanto xeretamos a podridão dos cadáveres que sustentam o poder do silêncio.
A verdade e quem a tira. Atira e esconde. Minha boca é uma arma. Posso lhe alvejar. Chamado.
As chamas que inflam. Chamam!
A resistência órfã que luta por vingança e liberdade. Exposição.
Os generais patriotas que não sucumbem ao império. Maquinação.
A paixão de quem milita. O amor que é militante e que se concebido de outro jeito não é amor.
A tranquilidade ameaçadora do Silêncio que não podia ser rompido.
Mas nós rompe(re)mos(?).
25.01.2018.
OBS: Inspirado em séria homônima da Netlix. Indico!