Aonde moro há um rio

Aonde moro há um rio

De transparentes águas,

De correntes afáveis

que atravessam os vales...

Os seixos do rio

Por baixo, no leito

Ignoram por vezes

A furiosa torrente

Do fluxo da água.

Aonde moro há um rio

Por vezes raso

Por vezes profundo,

Tão calmo nos vales,

Tão furioso no mundo.

Nas serras, o rio,

Se precipita raivoso,

Que tolo, é tão belo

O véu da cascata...

Aonde moro há um rio,

Há um rio dentro de mim,

Que o tempo implacável

Das minhas lembranças

Por vezes amenas

Tão doces serenas,

E o meu coração

Deseja voltar,

Ir contra a corrente

Do espaço e do tempo

Como se nosso tempo

Pudesse dobrar

A esquina da vida,

E outrora nos braços

Do amigo abraço

Enfim descansar...

Aonde moro há um rio...

Olympio Ramos

Tenha um bom dia na paz de nosso Senhor Jesus Cristo.

Olympio Ramos
Enviado por Olympio Ramos em 23/07/2019
Reeditado em 23/07/2019
Código do texto: T6702416
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