O POETA

O poeta nunca sabe quais as horas

O poeta não se importa com demoras

A piscina do poeta não tem bordas

O poeta amarra o tempo sem ter cordas

Que ao poeta não se exija traçar rotas

O poeta anda certo em linhas tortas

O poeta ainda fala línguas mortas

O poeta fecha os olhos e abre portas

O poeta arrasta dores como esporas

O poeta esconde amores nas amoras

O poeta, meus senhores e senhoras,

É o guardião das raras cores das auroras

Antonio Augusto Biermann Pinto
Enviado por Antonio Augusto Biermann Pinto em 27/05/2019
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