AO AUTOR II
Invólucro no duro branco interno
Procuro exercita-lo a cada lance
Pra ver se no lampejo dessa chance
Consigo uma fagulha de algo externo
Com o "sopro" que em vão busquei no inverno
Dos temas, das ideias e dos transes
Fotografando o visto pra que alcance
Um movimento que se torne eterno
Porém recordo que era sem forma
Vazia de contexto e conteúdo
A terra hoje que a alma viaja
E prosto, como barro se conforma
Tomando em mãos caneta, folha e tudo
Clamando ao Grande Autor que disse: HAJA!