Um poema não se desfaz
Um poema não se desfaz.
O que está feito, feito está.
Ainda que o rasguem…
Se fora criado, se fora lido,
Assim já foi possuído e sua essência há de permanecer.
Se neste instante não fizer mais sentido o que outrora fora escrito e lido,
Não importa,
Pois ali estará para sempre imortalizado um momento,
Um sentido, sentimentos, repletos de significados e dádivas que foram presentes no instante em que existiram, na realidade ou na imaginação, na mente, na alma ou no coração, do poeta ou da poetisa que o cunhou.
Não se retira o que foi feito em poema. Ao contrário.
Pode-de criar outro poema resignificando o momento atual, mas o que passou, não sai da pessoa e também não deve sair do poema. Ainda que as coisas passem, os poemas são concretudes abstratas que hão de sempre ficar.