NÃO DESEJARÁS AS OBRAS ALHEIAS

Bebo do copo da vida.

Detecto gostos e gostos.

Tanto faz, apenas bebo, bebo,

Tão viciado por bebidas -

Todas mostram os rostos;

Ora donzela, ora mancebo.

Tudo começou de u'a bromélia-

Aquele copinho da natureza -

Óberon assim ordenou a Puck:

"Foi sonho de uma noite, deverão

Todos eles suprirem-me de Amélias,

Mulheres de verdade, com certeza -

Não esta que me obriga ao tanque,

Limpezas e cozidos no serão"...

Bebi daquele copo bromélico

E tornei-me bromato de sódio,

Castigo por trocar o pantagruélico

Rabelais pelo Bardo do pódio.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 23/09/2018
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