NÃO DESEJARÁS AS OBRAS ALHEIAS
Bebo do copo da vida.
Detecto gostos e gostos.
Tanto faz, apenas bebo, bebo,
Tão viciado por bebidas -
Todas mostram os rostos;
Ora donzela, ora mancebo.
Tudo começou de u'a bromélia-
Aquele copinho da natureza -
Óberon assim ordenou a Puck:
"Foi sonho de uma noite, deverão
Todos eles suprirem-me de Amélias,
Mulheres de verdade, com certeza -
Não esta que me obriga ao tanque,
Limpezas e cozidos no serão"...
Bebi daquele copo bromélico
E tornei-me bromato de sódio,
Castigo por trocar o pantagruélico
Rabelais pelo Bardo do pódio.