ADIVINHE: O Poeta saberá que eu sou!

Sorvo-te como um sorvete;
Que me refresca nos dias quentes.
Te sorvo como banquete todos os dias
Que me aquece nas noites frias.

Bebo-te como se fosse um fino vinho
Que traz a marca da antiga safra
Que inebria com seu carinho
Embevece, que nem o doce sutil escapa.

Coloco-te a preferida do Deus crucificado
Que o fino gosto, refina o trato
Trazendo á tona o suco do ilibado
Deixando-a mais persuasiva e palatável.

Tomo no teu fel o rito escrito de uma saudade
Que aperta o peito, reboca pra dentro de si o corpo
Forçando o choro, numa lágrima sentida de verdade
Que não pretende ferir a alma, mas vitima-a pelo desgosto.

Nutri-me ao ver o sol que de tão belo se faz ensandecido
No despontar da lua cheia que preconiza o amor
No arco-íris convocado pra resgatar o colorido
De um novo dia revigorando todo o lindo esplendor
.

Se ainda não me descobriram
Cabe aqui mais uma dica
Sou eu quem lhes dá a ação
Sou eu que delineio os versos
A dor sem mim não existe
Sem mim o amor não vive
Me corrijo no incerto
Sou a matéria- prima do Recantista
O beijo depois da conquista
A teima que não desiste
O lugar que eu nunca estive
Sou do início a inspiração
Do final, a interação
Sou, quem alimenta esta magia
O sonho, a fantasia
O paladino da utopia
Eu sou a sua
POESIA.