Procurando Ana C

Encontrando não

vou,

considero Ana C:

brevemente

olho, mastigo a carne da gengiva

Não!

Irrita toda a boça universal

sou um home-m-oderno, ou seja,

(Que direito tenho lá de te buscar

onde sei que não perdi?)

ridículo

Moderno num poço tapado

Ana C me estende a mão ou a luva de pelica?

andei lendo teorias, Ana!

me per-doa

já não sei de mais nada

Na escuridão doce,

adivinho um cartão postal,

meus antepassados

cortando em seringal Boa-fé?

onde está Ana C?

Rasura rasura!

Ana escrevendo bilhetes íntimos

Dormindo sentada no bidê

Mijando gosotosa a cama inteira

me vê:

“Oh meu cadelinho chique!”

vai, voa, trai

contradiz, contrai-se

Gargalha.

Gargalha gargalha.

-Do que se trata isso, Ana?

-Apenas uma brincadeira, MY DEAR

Responde com seriedade

Cruza as pernas, apanha as luvas

Raízes flutuando no ar, um beijo

Welliton Oliveira
Enviado por Welliton Oliveira em 01/04/2018
Reeditado em 01/04/2018
Código do texto: T6296340
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