Procurando Ana C
Encontrando não
vou,
considero Ana C:
brevemente
olho, mastigo a carne da gengiva
Não!
Irrita toda a boça universal
sou um home-m-oderno, ou seja,
(Que direito tenho lá de te buscar
onde sei que não perdi?)
ridículo
Moderno num poço tapado
Ana C me estende a mão ou a luva de pelica?
andei lendo teorias, Ana!
me per-doa
já não sei de mais nada
Na escuridão doce,
adivinho um cartão postal,
meus antepassados
cortando em seringal Boa-fé?
onde está Ana C?
Rasura rasura!
Ana escrevendo bilhetes íntimos
Dormindo sentada no bidê
Mijando gosotosa a cama inteira
me vê:
“Oh meu cadelinho chique!”
vai, voa, trai
contradiz, contrai-se
Gargalha.
Gargalha gargalha.
-Do que se trata isso, Ana?
-Apenas uma brincadeira, MY DEAR
Responde com seriedade
Cruza as pernas, apanha as luvas
Raízes flutuando no ar, um beijo