conto de verão ( que nem dylan thomas )

voa, ave

liberdade se escreve com asas

livra-te dos centauros perniciosos

dos vales arroxeados de neve

que sai das ventas da medusa

pousa tua carne virgem nas terras

invioladas pela astúcia dos conquistadores

desperta o júbilo

que jaz sob o orvalho das matas ressequidas

finca tuas garras na garganta histriônica

dos sinos que badalam o advento de cérbero

deixa as reses pastarem sem a corda umbilical

faze o vento reverberar procrastínios eternos

da tarja negra que envolve caixões inocentes

retira o piche planta a cal da ressurreição

dos amantes enviesados em brumas opressivas

salga o cio das boreais nas tetas dos perniciosos

Matuto Versejador
Enviado por Matuto Versejador em 25/03/2018
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