UMA ILHA
(Ps/422)
Devo respirar cada vez mais fundo
Diante do cenário da loucura,
entalhada, encrustada com sangue,
mortalha calha em qualquer lugar.
A hipocrisia funde e ferve
no caldeirão feito lama de vulcão,
jorra pelas praças e ruas ao abismo
morada junto das negras flores.
Colho suor fétido da absurda visão,
Indefinível definida, da ilimitada
dizimação de corpos em imerso fel
na angústia da ausência e saudade.
Assassinos! Qual dor, nunca sentirão
da multidão, que agoniza, esse terror
no paredão do cotidiano ao precipício,
ao labirinto negro, ao soterramento.
Ilha sem mar, ilha sitiada de podridão
Até quando o furor do aço
vai ao encalço do sofrimento à morte?
Deus! Faça descer a luz e suste a morte!
(Ps/422)
Devo respirar cada vez mais fundo
Diante do cenário da loucura,
entalhada, encrustada com sangue,
mortalha calha em qualquer lugar.
A hipocrisia funde e ferve
no caldeirão feito lama de vulcão,
jorra pelas praças e ruas ao abismo
morada junto das negras flores.
Colho suor fétido da absurda visão,
Indefinível definida, da ilimitada
dizimação de corpos em imerso fel
na angústia da ausência e saudade.
Assassinos! Qual dor, nunca sentirão
da multidão, que agoniza, esse terror
no paredão do cotidiano ao precipício,
ao labirinto negro, ao soterramento.
Ilha sem mar, ilha sitiada de podridão
Até quando o furor do aço
vai ao encalço do sofrimento à morte?
Deus! Faça descer a luz e suste a morte!