Dono de mim?
Certo dia, decidi refletir sobre um tema enfadonho.
É que me recordei do que se passou comigo num sonho.
Foi uma loucura! Sonhei que eu não era dono de mim.
Irônico, tive que dar boas gargalhadas, bem assim.
Mas, de engraçado era uma certeza que me vinha.
Se eu não era meu dono, a vida, por óbvio, não era minha.
Com uma dúvida dessas fiquei aterrorizado e confuso.
Já que eu não era meu dono, haveria então, algum intruso?
Aí me desesperei de verdade com um enigma desses.
De quem seria a culpa se algo de ruim me acontecesse?
É que, de vez em quando, quem mandava em mim era eu.
Se eu não deixasse e o outro fizesse, quem desobedeceu?
Chega de sonhar! Tenho é que sair logo dessa situação.
São tantas vezes em que as coisas são o que não são!
Desperta, Luciano: você é o único dono da sua vida.
E foi assim que eu terminei essa poesia descabida.