Naufrágio de esperanças

Desesperado vou jogar ao mar
Garrafas  de vinho vazias e esperar
Que alguém possa ler eme encontar  
Presas na nau de vidro
Meus pedidos de socorro 
Frases turvasdespero incontido
Para dizer como me sinto só
A Deus eu recorro!
Nas nuvens, vazios desertos, só pó...
Merda será que agora eu morro? 
Tento agarrar me à vida
Mesmo com destino incerto
Com cipó entrançado curo a ferida
Neste céu negro encoberto
Embriago-me com aflição
Puta que pariu! Destino nega vida
Rogo que não me falte o pão
Que não seja este um tormento despido
Já que foi o amor ao amar e nossa união
Tá lançado meu pedido incontido
Minhas lágrimas atadas ao estresse
Caem as estrelas sobre o rochedo escondido
Será que outro dia alvorece?
Parte tudo nos ares, nas águas...
Já me deturpem todas as mágoas
Ultimas fraquezas, respiro e esperança
Socorro meu Pai a esta sina não me lança
Acolhe me nos braços da fé e esperança! 

 
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 Angustia
 

A aflição me embriaga... meu céu se enegrece
Ao mar deitei o sonho de te encontrar
Aturdida quero à vida me agarrar
Sem carinho... de ti Minh ‘alma carece
 
Ao fundo poço este meu ser já desce
Desesperada...mi ‘a sina a lamentar
Vejo que nada há mais a me restar
Senão buscar socorro (em) fervor de prece.
 
Neste meu mundo... de dor um turbilhão
No meu sentir ... de angústia um emaranhado
E tudo em mim...um sofrer do coração.
 
Trevas escondem meu olhar cansado
Nos meus ouvidos nenhuma suave canção
Senhor! Socorre este ente desgraçado!


     Esther Lessa