Poetisa
Perguntaste como escrevo meus versos.
Ah, meu bem, depende!
Há momentos
em que o amor transborda
derrama-se no papel
em versos doces.
Há momentos
em que a dor, a angústia
a ira e a ansiedade sufocam.
Então, o ar que está preso
Escapa numa só lufada
e vomito palavras no papel.
Há momentos
em que sou toda desejo,
lascívia e languidez.
O pulsar do sangue no corpo
jorra o prazer no papel.
Há momentos
em que encanto com algo
uma imagem, um gesto
e o que me comove
tinge de magia o papel.
Então, meu bem,
eu escrevo vida
e vida é poesia.