Gênese
O mundo, afirmo eu
Foi feito por nós
Pois, tornamos dos nossos braços
Pergaminhos de abraços
Que, como em compassos
Traçaram e amarraram estes nós.
Mundo pequeno esse
Apertado e nosso
Como o agarro dos dedos
As artimanhas oriundas dos medos
Como a sorte inesperada das folhas dos trevos
Mas este mundo, entretanto
Criou-se no som do silêncio dos alvoreceres
Do primeiro ao sétimo dia
Pois nesta vida so há descanso
Se quietos, sob as flores: poesia!
Ou se tu, ainda que longe dos meus braços, não morreres.