METAPOEMA

Nasço numa gota de água

E arrasto-me por entre as pedras,

Fraco e evaporado pelas mágoas.

Agrego o pó que me dita as regras;

Que quer que eu morra sem ter vida.

Não quero ser seco como a terra!

Procuro avidamente por mais água.

Quanto mais leve e puro eu for,

Mais perto estarei do meu amor.

E sem dor, passarei mais adiante

Pela melodia da fraca correnteza.

Silenciosamente só e distante,

Descerei escarpas, vales e montanhas

Para compor em paz o meu tema.

Estarei nas asas do meu anjo;

Serei a força deste poema!

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 04/07/2017
Reeditado em 17/11/2017
Código do texto: T6045673
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