METAPOEMA
Nasço numa gota de água
E arrasto-me por entre as pedras,
Fraco e evaporado pelas mágoas.
Agrego o pó que me dita as regras;
Que quer que eu morra sem ter vida.
Não quero ser seco como a terra!
Procuro avidamente por mais água.
Quanto mais leve e puro eu for,
Mais perto estarei do meu amor.
E sem dor, passarei mais adiante
Pela melodia da fraca correnteza.
Silenciosamente só e distante,
Descerei escarpas, vales e montanhas
Para compor em paz o meu tema.
Estarei nas asas do meu anjo;
Serei a força deste poema!