Letras do Tempo
Começa assim
Sem termo
Só lábios
A esmo
Ébrios
Vindos de um botequim
Finge-se então a surpresa
De sorrisos amarelos
Chegando a serem tão belos
Como um olhar de tristeza
É a história inacabada
A vida seguindo um curso
E as duas almas sem pulso
Que eram tudo! Não são mais nada.
Tantas palavras escritas
outras que nem foram ditas
Tantos verbos, mudando de lugar
Só ao meu morrer, poderei falar
No meu testamento ou entre os defuntos
Que amor nem é o melhor dos assuntos
É só um insulto que nos faz chorar.
R.N