Infinito abstrato

Conto o tempo,

Mas ele nunca me conta,

Com quantas estrelas

É feito o céu...

Muda de estação.

Ajusta o volume

Se recria.

Flui.

Bate os ponteiros

No ritmo mágico

De um senhor

Conciso e determinado.

Ensina e castiga,

Replica o murmúrio,

Persiste em caminhar,

Nunca se cansa

De tanto trotar

Pelo infinito abstrato

De loucura ilustrado.

Com teimosia me leva

Para muito longe

Do hoje.

O ontem esfarelou

Não me vejo

Nesses reflexos turvos,

Opacos de sabedoria.

Que dirá de amanhã?

Se acaso chegar...

Nem sempre doce,

Justo e pontual.

Mede o tamanho da vida,

Mas o seu valor,

Quem adivinha?

Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 25/01/2017
Código do texto: T5892980
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