SEIVA
SEIVA
Faço poesia
do nada,
do tudo do amor
parida,
do berço do céu
jogada.
Sigo no dia
guiada,
na tarde
perdida,
na noite
acuada.
Persigo o alvo,
flechada,
atiro e dou bote
incrustada,
na mata do amor,
nem sempre indolor,
nem sempre fechada.
Desperto,
faço história,
debulho a cana,
decepo o milho,
crio você, poema,
como a um filho.
@Cristina Lebre – 11.06.16