Poema das Mães
Desde que o mundo é mundo até onde vai
O arqueológico olhar da pre-História,
Na família dos nobres ou da escória
A mãe não manda, pois quem manda é o pai.
Sem pretensão alguma a Nostradamus
Eu creio que a razão desse destino
Da mulher-mãe , que todos subjugamos
É o Deus autropomorfo-masculino.
Se é homem o criador (raciocinaram
Os arautos filósofos de antanho),
Façamos das mulheres um rebanho)
E assim fizeram quando assim pensaram
Desde então, temos visto a velha farsa
Representada, com solenidade,
Nos países de toda a Humanidade
Onde a moral pre-histórica anda esparsa.
As mulheres não podem entender -nos',
Diziam os despóticos senhores,
E formos vendo , em século de horrores ,
A falência dos homens nos governos
Ao meditar, em raras horas mansas,
Cheguei a conclusões desprimorosas
Os homens são crianças rancorosas,
Sem a graça espontânea das crianças.
Só então compreendi o caos da guerra,
Em seus apavorantes misereres:
Coisa impossível de se ver na terta,
Quando os governos forem de mulheres.
Assim é que não pode continuar!
Porque os '' chefes''-piores do que os cães
Hidròfobos-tem este singular
Defeito imenso de não de não serem mães.