As coisas

Tenho coisas?

Ou serão as coisas que me possuem?

Depois do meu último suspiro, as coisas;

Não me acompanharão na viagem ao além...

Surpresos? Penso que sim;

Ou não existiriam tantas quezílias;

Em prol do ouro e seu frenesim;

Temos umas mentes tontas...

Todos temos dotes;

Desprovidos de adições materialistas;

Simples virtudes;

Que espelham as nossas intuições humanistas...

Pérfida é a crença;

Nas batalhas infrutíferas;

Pelo dinheiro e sua sentença;

Quando o cerne se encontra nas nossas vísceras...

Nesse interior;

Onde se produz a índole de um ser;

Arreigada pela mediocridade ou pelo fulgor;

Escolha-se a arte que nos fortalecer...

A verdade é perentória;

Não existe coisa que substitua o ser;

A solução é almejar a glória;

E viajar sem vícios até morrer...