ENTREATO
ENTREATO
quando cai o pano
e as luzes se apagam
nua na ribalta
escolho as vestes
a cobrir meu parco corpo
na cabeça uma coroa de orquídeas
enfeita meus cabelos
e nas mãos, anéis que são amuletos
adornam meus dedos
personagem única deste ato
transformo vida em história
perpetuo no sangue e na alma
a loucura da arte em minha memória.