CAFÉ SOBRE A MESA
O maior dos clichês
É a mancha de café,
Daquele passado,
Na folha de segunda.
Na toalha quadriculada,
Uma xícara,
Um maço de fumos,
Uma chuva de poeira,
Caneta preta,
Uma Mancha.
São os esforços da memória,
Não uma mancha de café.
É o suor da semente,
Torturada pela água quente.
É 1845,
E ainda não a retirei.
Não resisto a uma boa tristeza,
Nem mesmo à bebida.