Minha intimidade assaltada
Na caneta confidente
corre tinta e alma
Deixo-me aos poucos
empoçado em palavras
Precipito-me lascivo nas lapelas
E as moças sinceras leem-me
Conhecem-me, invadem-me
E vivo por cada invasão
Nesse momento flagrado
Por tantas consciências
meu viés de incoerência
se preserva nos rabiscos
a giz
Esta é a minha prenda
fortuito deveras
egrégio por vez
a risível megera
ou o poeta ?
talvez