De mim
Já desabitei-me de mim
Para viver-te, epiderme sangrenta!
Porque tu me vestes c’o véu da tua cor
E Isso faz-me querer mais dos teus segredos.
Cá, deitado em sonhos de amor,
Provo do deleite sem fim de
Querer te encontrar num abraço de flor,
Num despojar de teu céu
Daí, lembro-me da tua fragrância
Que esmaga o beija-flor aqui dentro:
Fria, covarde, lentamente...
Já me recolho pra outro de mim
A ludibriar meus pensamentos
Nessa incerta ebulição,
Que mais me assola,
Que mais me atormenta…