Razões de uma Poetisa
Por que eu escrevo?
Ora, meu caro, esta resposta é fácil
Escrevo porque tenho em mim demônios famintos
Que se alimentam de sangue e poesia
Escrevo porque tenho um coração ferido
Que se cura um pouquinho a cada versar
E se ainda não te convenci
Escrevo porque a exuberância da vida irradia em meus olhos
E preciso colocá-la em algum lugar
Escrevo porque meu peito guarda sensibilidade em excesso
E, pra não explodir, tenho que compartilhar
Por que eu escrevo?
Às vezes é pra chocar
Pra desafiar teu pensar
Mas escrevo mais por mim
Pros meus demônios suavizar
Sou Caixa de Pandora, sabia?
Até achar a esperança
Muitos males preciso libertar
Ser poeta é redenção amarga
É doce maldição
Por que eu escrevo?
Às vezes, não é nem a intenção
As palavras me atormentam sem piedade
E as vomito no primeiro papel à mão
Escrevo por egoísmo, escrevo pela sociedade
E escrevo com toda minha bipolaridade
Tu lês por opção
Porque eu escrevo loucuras pra manter a sanidade