PARA BILAC
na bruta
branca pedra
pura flor do Lácio
adentra nonada
estéril frio marmóreo
da palavra repousada
a mão do escultor poeta
esculpe, descobre para não esquecer
TRABALHA E TEIMA, E LIMA , E SOFRE, E SUA
e se a mão que escreve
encontra vivo nas camadas da mortalha
o poema em versos dobrados envolvido
de novo e de novo entalha
Antônio B.