QUANDO SAIS
Tenho dores de ida
De parto, de partida
Quando os poemas
Em mim são gestados
E as dores de parto,
De partida, quase ida,
Saem de minhas entranhas
Levam de mim sofrimentos, manhas
Expõem-me ao vento
Arde minha pele ao sol
Sou inteiro descoberto
Em minh’alma nua
E quando sais escorrem
Num gozo benéfico
Como se foras um filho(a)
Ganhando o mundo e outras vidas...
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09.10.15