Metapoesia
Que a poesia viva,
não como palavra famosa.
Estática e agressiva,
Aos olhos da moça formosa.
Que a poesia cresça,
Mais que o paralelismo.
No sentido que reconheça,
A quem declama o sentimentalismo.
Que a poesia seja,
Não o que sou. Imito
O operário na peleja,
No dia-a-dia, seu mito.
Que a poesia se espante,
Espontânea de tudo que virou.
E que de modo itinerante,
Nos perpasse com o que nos criou.
Que a poesia não seja eu,
Pois, poeta é o que sou.
Aprendiz que não se desprendeu,
Do chamado que me ganhou.