Metapoesia

Que a poesia viva,

não como palavra famosa.

Estática e agressiva,

Aos olhos da moça formosa.

Que a poesia cresça,

Mais que o paralelismo.

No sentido que reconheça,

A quem declama o sentimentalismo.

Que a poesia seja,

Não o que sou. Imito

O operário na peleja,

No dia-a-dia, seu mito.

Que a poesia se espante,

Espontânea de tudo que virou.

E que de modo itinerante,

Nos perpasse com o que nos criou.

Que a poesia não seja eu,

Pois, poeta é o que sou.

Aprendiz que não se desprendeu,

Do chamado que me ganhou.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 23/09/2015
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