Nasce o poema
No inverso de mim mesmo
me reviro, controverso
até surgir o verso.
Nem sempre ele chega na hora exata,
como numa medida matemática,
mas se forma numa proporção contínua
das inúmeras tentativas
pela busca da inspiração de compor
algo em minha multivariada poemática.
No universo infinito dos versos,
na união do transbordar de palavras
soltas, porém apuradas no crivo
do poeta, que, já cansado em exaustão,
encanta-se diante da recompensa.
Eis que surge o belo:
Nasce o poema,
Ser infinito de beleza
áurea e suprema.