Nasce o poema

No inverso de mim mesmo

me reviro, controverso

até surgir o verso.

Nem sempre ele chega na hora exata,

como numa medida matemática,

mas se forma numa proporção contínua

das inúmeras tentativas

pela busca da inspiração de compor

algo em minha multivariada poemática.

No universo infinito dos versos,

na união do transbordar de palavras

soltas, porém apuradas no crivo

do poeta, que, já cansado em exaustão,

encanta-se diante da recompensa.

Eis que surge o belo:

Nasce o poema,

Ser infinito de beleza

áurea e suprema.

Via Poética
Enviado por Via Poética em 12/09/2015
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