Versar a arte de escrever

Desato o nó que há na garganta

Num simples gesto de amor:

Versar a arte de escrever.

Para quem nos cantos canta

Sobre a vontade de viver,

Livro-me assim da dor.

Poetizar:

Ato desvairado de se libertar,

Fato acordado de se amar.

Versar:

É o sopro da alma

E o recanto onde mora a calma.

Poetizo-me por entre as linhas,

Entre traços livres e corridos,

Guardo no bolso solidões só minhas

E medos nos pensamentos; perdidos.

Extravaso pelas mãos sutilezas,

Ternuras sem fim,

Escrevo sobre as raras belezas

E de tudo que há em mim.

Anna Julia Dannala
Enviado por Anna Julia Dannala em 06/09/2015
Reeditado em 25/03/2016
Código do texto: T5372286
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