Lenha pra lareira

até quando serei pura nas palavras

que escolhes para versos

banhado de pudores

sem que percebas minha pele deixando

em teus dedos

vestígios do que mais sinto fome?

minhas palavras não sabem

ser virginais...

sem revelar-sem nuas .

camuflá-las com nuvens

celestiais ao som de harpas

angelicais...

não sei

sei da beleza do singelo

que me doas

e até me aconchego nele,

sossegada

mas...

hoje quero a roupa

fugindo do verbo

mostrando nua essência

com palavras cruas

querendo se cozer

na fervura

de um poema danado.

hoje prefiro que tua

palavra seja a

brasa do pecado...

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 10/07/2015
Código do texto: T5306128
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