Lenha pra lareira
até quando serei pura nas palavras
que escolhes para versos
banhado de pudores
sem que percebas minha pele deixando
em teus dedos
vestígios do que mais sinto fome?
minhas palavras não sabem
ser virginais...
sem revelar-sem nuas .
camuflá-las com nuvens
celestiais ao som de harpas
angelicais...
não sei
sei da beleza do singelo
que me doas
e até me aconchego nele,
sossegada
mas...
hoje quero a roupa
fugindo do verbo
mostrando nua essência
com palavras cruas
querendo se cozer
na fervura
de um poema danado.
hoje prefiro que tua
palavra seja a
brasa do pecado...