Sina de Poeta

Sou aspirante a poeta

e vivo na pele os dilemas

da escrita, que, ora me esvazia,

ora me completa.

Às vezes, rimo

outras, suprimo

essa mania de estética.

Verso livre, vou solto

a enveredar pelas linhas

da minha poética.

Não me censuro.

Através da escrita

pode-se tudo.

Minto e falo a verdade

e, geralmente, me vejo

no que escrevo

fugindo de mim mesmo,

por essa válvula de escape.

Só sei que quando escrevo,

meu canto eternizo

para além da vida.

Entre a chegada e a partida

o homem se esvazia e se completa.

Concluo, então, que minha sina

é mesmo ser poeta.

Via Poética
Enviado por Via Poética em 15/05/2015
Reeditado em 22/01/2016
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