A vida é um trapézio
Luzes apagadas, quase não se vê quem está ao lado
Foco acende-se ao centro, olhares arregalados
Nada vêem além de um palco vazio e alaranjado
Música de suspense no ar
A luz se expande, lona azul reveste o lugar
Um perigo eminente surge
Trajado de brilhos indiscretos, sorriso amarelo...
Um homem vai se jogar
Seria um suicida? Paira a indagação
A sensatez responde, é um trapezista... quanta tensão
Agarra uma barra! Como é pequeno seu alcance
Há duas opções, voltar ao trampolim
Ou se dar mais essa chance?
Lentamente a barra solta
Sente-se um pássaro por um instante
Recobra a consciência, a gravidade é violenta
Mas seu salto foi certeiro,
Outra barra a seu encontro veio
Então as palmas lembram... a vida é um trapézio constante