Saravá - o ritual vai começar
Sem horas e sem dores
Sejam atores
Será no sarau
Que sára as dores?
As dúvidas podres
Da sabedoria que não quero ter
Da ânsia da ignorância
Que devemos reconhecer
Pra ser sereno
Aluir o veneno
Dos delírios
Das cores
Dos amores
Da razão do coração
Da ilusão
Da ciência da inconsciência
Da religião da demência
Do sagrado ao profano
Que se esconde debaixo do pano
Do plano Carnaval
Das crenças e culturas
Que se espalham
Da melodia Astral
Do homem que ia
Pra ilha da fantasia
Fora dos caminhos
A procura da cura
Clamando clarividência
Da aura da perfeição
Do suor barato do tédio ingrato
Da dura loucura sem censura
Sem estribeira
Da beira da cachoeira
Do abismo do infindo
Que vamos indo
Do silêncio profundo
Ao urro do mundo
Contorce a sorte - falador do jogo
Vê o ciclo da água
Ganha a terra
Quer voar?
Pra no fogo não queimar
Deus - pomba - Gira
Na mira do alvo
Do sentimento abolido.
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Autor desconhecido.